Araguaina

Maternidade Dom Orione é condenada a pagar indenização de R$ 100 mil por morte de bebê

O Hospital e Maternidade Dom Orione de Araguaína foi condenado a pagar uma indenização no valor de R$ 100 mil pela morte do bebê Vicente Ravi de Castro Ferreira. O valor deverá ser pago ao casal.

Conforme o processo, após 21 anos do primeiro filho do casal, os dois compartilhavam o sonho do segundo filho e mesmo a mulher estando com 40 anos engravidou e teve uma gestação tranquila.

A mãe deu entrada no Hospital com fortes dores, com perda de líquido e com 40 semanas de gestação sendo apenas medicada e encaminhada para casa. Relatam que persistindo as dores no dia 15/07/2016 novamente se dirigiu ao hospital e mesmo constando em seu prontuário como paciente de alto risco novamente foi tão somente medicada e mais uma vez encaminhada para casa, assim ocorrendo igualmente no dia 16/07/2016.

Por fim, alegam que no dia 17/07/2016 não suportando mais as dores, além do sangramento e a perda constante de líquido, a Requerente foi atendida pela enfermeira de plantão e encaminhada ao centro cirúrgico, momento em que foi realizado o “toque” pela enfermeira e constatada a presença de mecônio, oportunidade em que foi contactada a médica plantonista para que chegasse o mais rápido possível.

Sem a presença da médica obstétrica, então, a enfermeira chefe com a ajuda de técnicas de enfermagem, iniciaram o parto aplicando ocitocina na finalidade de induzir o parto por duas oportunidades, além de realizarem manobras dolorosas no corpo da Requerente para que o bebê pudesse nascer. Em decorrência de tais circunstâncias, quando o bebê nasceu foi imediatamente levado à UTI neonatal vindo a óbito 28 dias depois.

“A situação analisada, sem dúvida, viola a esfera jurídica dos Requerentes, pois não se pode negar que a perda de um filho causa dor aos seus pais e a indenização por dano moral não suprirá tal ausência”, afirmou o juíz José Eustáquio.

Dra. Watfa El Messih

Coloca em nota, a advogada Dra. Watfa El Messih, que defendeu o casal comemorou a decisão da justiça. “Mais uma vez a justiça foi feita. Novamente repito, tal sentença não tem o poder de restaurar a vida do filho perdido mas com certeza poupará a vida de outras crianças e o sofrimento de outras mães”, disse.

Outras 3 ações judiciais foram ganham contra a maternidade o que vem comprovar o erro médico.

O que diz o hospital

A assessoria de comunicação do hospital foi procurada para comentar a decisão, mas até o momento nenhuma resposta foi enviada.