Na última terça-feira, 10, na Aldeia Mangabeira, em Itacajá, o Governo do Tocantins deu um importante passo ao realizar o projeto Cuidando da Mulher Indígena. A iniciativa, promovida pela Secretaria de Estado da Mulher (SecMulher) e pelo Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), teve como objetivo fortalecer a autoestima das mulheres indígenas, prevenir a violência e oferecer apoio profissional, transformando a vida dessas mulheres. A ação atendeu especificamente as mulheres da etnia Krahô dos municípios de Itacajá e Goiatins.
O projeto buscou criar mecanismos que promovessem o bem-estar e a autoestima das mulheres indígenas, além de prevenir a violência e incentivar a busca por apoio e orientação profissional em situações de risco. Através de palestras, rodas de conversa e parcerias com diversos órgãos, o projeto atuou na conscientização e no combate à violência contra a mulher indígena de forma integrada.
A diretora de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher, Áurea Matos, abordou a importância dos canais de denúncia e a orientação para busca de ajuda. “Um dos aspectos essenciais do nosso projeto foi garantir que as mulheres indígenas soubessem como acessar canais de denúncia e buscar ajuda em situações de violência. Durante o evento, enfatizamos a importância de utilizar esses canais para reportar abusos e garantir que suas denúncias sejam tratadas com seriedade. Além disso, fornecemos orientações práticas sobre como e onde buscar apoio, esclarecendo que existem recursos disponíveis para protegê-las e apoiá-las. Nossa meta é empoderar cada mulher para que se sinta segura e confiante ao buscar a assistência necessária”, finalizou.
Durante o evento, a psicóloga Caroline Penido destacou os impactos emocionais da violência sobre as mulheres indígenas, enfatizando a importância do suporte psicológico no processo de superação dos traumas. “A violência, seja física ou emocional, deixa marcas profundas que afetam não apenas o corpo, mas a mente e o espírito. Para as mulheres indígenas, que muitas vezes enfrentam barreiras culturais e de acesso aos serviços de saúde mental, é ainda mais desafiador encontrar o apoio necessário para superar esses traumas. O acompanhamento psicológico é fundamental para reconstruir a autoestima e redescobrir o valor de suas vidas, suas histórias e suas identidades. Nosso papel é ajudá-las a entender que elas não estão sozinhas, e que existem caminhos para a cura e o empoderamento”, afirmou.
Parcerias Estratégicas
Para garantir o sucesso das ações, o projeto contou com uma rede de apoio composta por diversos órgãos e instituições. Entre os principais parceiros estiveram o Conselho Distrital de Saúde Indígena (CONDISI), o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), Polícia Civil, a Universidade Federal do Tocantins (UFT), o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ), além da Associação das Mulheres Krahô.
Ações e Resultados Esperados
Com essas parcerias, a SecMulher buscou alcançar um envolvimento significativo da comunidade indígena, promovendo a conscientização sobre a importância de combater a violência contra a mulher. A iniciativa também visou garantir que as políticas públicas voltadas às comunidades indígenas respeitassem suas particularidades culturais.
Ao final das ações, a SecMulher pretende fortalecer a rede de proteção às mulheres indígenas, tornando-a mais acessível e eficaz, além de promover um ambiente mais seguro e inclusivo para essas mulheres.