ESTADO

Governo do Tocantins e Ministério Público são parceiros em projeto que propõe combater a violência no âmbito escolar

Promover mais segurança nas escolas tocantinenses é o objetivo do projeto  “Promoção da Cultura da Paz e Prevenção da Violência nos Contextos Escolares”, lançado na manhã desta terça-feira, 11, no auditório do Ministério Público do Estado do Tocantins (MPTO), em Palmas. Até a próxima quinta-feira, 13,  representantes dos órgãos parceiros participam de um curso de formação sobre a temática, no auditório da instituição.

A iniciativa é uma realização do MPTO em parceria com o Governo do Tocantins, por meio da Secretaria da Educação do Estado (Seduc), com a participação efetiva da Secretaria da Segurança Pública, Polícia Militar e diversas outras entidades.

O evento contou com a participação da primeira-dama do Estado do Tocantins e secretária extraordinária de Participações Sociais, Karynne Sotero, e do delegado e corregedor-geral da Segurança Pública, Wanderson Chaves Queiroz.

Durante a abertura foram abordados temas como a violência nas escolas e estratégias para preveni-la. A primeira-dama manifestou sua preocupação com episódios de violência nas escolas. “Este é um momento singular para o Tocantins, e diante dessa realidade, projetos como este assumem a missão de zelar pelo bem-estar da sua população, especialmente das crianças e jovens. Para que juntos, possamos construir um Tocantins livre da violência, onde cada criança e jovem possa ter acesso a uma educação de qualidade e um futuro promissor”, enfatizou.

O promotor regional de Educação, Benedicto Guedes, destacou a necessidade de unir esforços em prol do futuro de crianças e adolescentes. “A gente sabe que os nossos alunos ainda não estão preparados para enfrentar a vida que vem por aí, mas temos que nos mexer e fazer alguma coisa e esse projeto visa, num primeiro momento, tornar a escola um lugar seguro”, destacou.

Na mesma linha, o promotor de justiça da Infância e Juventude, André Ricardo Fonseca, destacou o enfrentamento realizado pelas instituições nos últimos anos. “Os últimos dois anos foram momentos difíceis para todos nós, mas tivemos um trabalho reativo porque o problema se apresentou a nós e tivemos que reagir E acredito que fizemos da melhor forma possível. Tanto que concretamente não tivemos aqui no estado do Tocantins nenhum ato de gravidade extrema dentro das nossas escolas”, ponderou.

 

Segurança Pública

Em sua fala, o corregedor-geral destacou a importância da colaboração entre diferentes setores da sociedade, sejam eles governamentais ou da sociedade civil. “Temos a necessidade de uma abordagem integrada para a segurança pública. É muito importante que as entidades trabalhem juntas. Todos unidos para debater e procurar resolver um tema que não é responsabilidade só da segurança pública e nem só da escola. É de todos”, afirmou.

Ele destacou ainda, que a construção de uma segurança pública eficaz não pode se basear apenas em ações preventivas ou repressivas da polícia. “Recentemente, houve uma crise significativa envolvendo a segurança nas escolas, que exigiu uma resposta coordenada entre diversos representantes do governo, do legislativo, do executivo, do Judiciário, além do Ministério Público, da Segurança Pública e Educação”, relembrou.

O corregedor-geral ressaltou que uma visão holística da segurança pública, que inclui o debate com todos os atores envolvidos, é essencial para enfrentar a violência desde suas raízes. “Quando nós olhamos para esse problema e vemos que ele envolve outros aspectos, aí sim a gente começa a pensar numa segurança baseada em elementos que possam combater esse males desde suas origens”, pontuou.

O curso que ocorre de 11 a 13 de junho, no auditório do MPTO, em Palmas, será ministrado na modalidade presencial e é destinado aos servidores que atuam nas Superintendências Regionais de Educação, psicólogos, assistentes, orientadores, pedagogos, profissionais da Secretaria de Segurança Pública e Polícia Militar.