AÇÃO POLICIAL

Trabalho de papiloscopistas foi fundamental nas investigações de recentes crimes em Araguaína

Confrontar impressões digitais e, dessa forma, revelar e identificar pessoas. Essa é a importante missão desenvolvida pelos papiloscopistas. No Tocantins, estes profissionais atuam, sobremaneira, no Instituto de Identificação da Secretaria da Segurança Pública, onde são responsáveis pelos cadastros de Registros Civis (RG), a conhecida Carteira de Identidade, e auxiliam o trabalho investigativo da Polícia Civil.

Ao todo, 114 papiloscopistas do Instituto se revezam no trabalho de identificação, tudo feito por meio do uso do método técnico-cientifico da papiloscopia que consiste na identificação por meio da análise de impressões papilares, nos desenhos encontrados nas papilas dérmicas palmares e plantares.

“É o método comparativo entre uma impressão papilar de autoria desconhecida em relação à outra já conhecida, que atesta e identifica uma determinada pessoa”, explica a diretora do Instituto de Identificação, Naides Cesar ao informar que o incremento dos Bancos de Dados Papiloscópicos no Tocantins têm contribuído para identificar pessoas e elucidar crimes.

Segundo a diretora, um caso recente aconteceu em Gurupi. Uma mulher de 23 anos que estava desaparecida desde o mês de julho foi identificada no mês de setembro por equipes de papiloscopistas do Instituto de Identificação. Tratava-se de Luana Pereira Batista.  Após localizados, os restos mortais dela foram encaminhados para o IML de Gurupi para realização de exames específicos. Uma vez que era possível a identificação papiloscópica, a equipe técnica de profissionais papiloscopistas foi acionada, os procedimentos realizados e as digitais confrontadas.

“Algumas partes da epiderme nas mãos ficaram preservadas e após análise e trabalhos técnicos, conseguimos identificar e o corpo que foi entregado à família” destacou Ana Cristiane Dias uma das papiloscopista que participou da identificação. O caso continua sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Gurupi.

Araguaína

Em Araguaína, o 2º Núcleo Regional de Papiloscopia montou um banco de dados de impressões digitais com os principais criminosos da região e desde então vem elucidando crimes importantes na regional araguaínense. As impressões digitais coletadas no local pelos papiloscopistas são confrontadas.

Um caso recente foi descoberto na cidade. Por meio das impressões digitais foi identificado o autor de um furto que ocorreu em um restaurante tradicional da cidade. O estabelecimento já havia sido furtado outras duas vezes. Outro caso importante elucidado foi o de um homicídio, no qual foi encontrado um veículo abandonado com ligação ao crime e em seu interior foram reveladas impressões digitais pelos Papiloscopistas. Estas impressões digitais levaram a descoberta de dois suspeitos deste crime.

O corpo de um homem investigado pela DHPP de Araguaína estava desde outubro de 2018 sem identificação, recentemente os papiloscopistas conseguiram identificar o corpo através das impressões digitais cadastradas no banco de dados do núcleo.

 

Atribuições

Os papiloscopistas são responsáveis pelos cadastros de Registros Civis (RG) da população em geral, onde atendem em suas unidades em todo estado e para atender toda a população, tem em sua estrutura, além dos Núcleos e Postos de Identificações, equipes que fazem trabalhos itinerantes, levando o serviço a todos os municípios tocantinenses. Só neste ano, de janeiro a setembro, os papiloscopistas já fizeram mais de 98 mil processos de Carteiras de Identidades.

Além da identificação civil, os papilocopistas do Instituto de Identificação são responsáveis pela identificação criminal; (papiloscópica e fotográfica), Identificação Necropapiloscópica (cadavérica), Papiloscópica em local de crime (levantamento de vestígios produzidos pelas papilas dérmicas) e informações técnicas e Laudo Proposopográfico (comparação facial e antropométrica).