As duas associações que representam o Sistema Penitenciário Tocantinense, Associação dos Profissionais do Sistema
Penitenciário do Tocantins – PROSISPEN/TO e a Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Tocantins (ASSISPEN/TO) se reuniram com os secretários de Cidadania e Justiça, Heber Fidelis, e com o secretário da Casa Civil, Rolf Costa Vidal, para tratar sobre os direitos trabalhistas que os servidores do Sistema reivindicam.
Os Agentes de Execução Penal alegam que trabalham há mais de dois anos e o Governo não lhes paga diretos garantidos por lei, como adicional noturno, horas extras e periculosidade. “Durante esse tempo em que estamos cuidado do Sistema Prisional, nós já tentamos negociar com o Governo de todas as formas para receber o que a lei nos garante e pelo trabalho que prestamos, mas o governo ou protela ou nos nega esse direto. Devido a isso, a classe está impaciente, está estudando até mesmo a possibilidade de uma greve para ser atendida”, declarou
Janivaldo Rocha.
Nas reuniões, os servidores ouviram do Governo que está estudando a disponibilidade financeira
para atender as reivindicações dos servidores, além de tentar dar celeridade na construção de um estatuto próprio para o Sistema penitenciário. “Durante as reuniões o Governo demonstrou interesse em atender as demandas, mas ainda assim, vamos continuar mobilizados até termos algo palpável, concreto. Esperamos por dois anos por uma solução e isso é muito tempo sem nem mesmo uma luz no final do túnel”, disse o presidente da PROSISPEN/TO, Wilton Angelis.
Outro servidor pontuou a falta de reconhecimento do governo, apesar da periculosidade da profissão. “Trabalhamos na segunda pior profissão do mundo em termos de risco à vida, ficando atrás apenas dos mineradores, mas ainda assim não somos valorizados. Atuamos em uma área de fundamental importância para o sistema de segurança pública, enfrentando as agruras do cárcere e é lá o destino de todas as prisões realizadas pelas polícias civis, militares, polícia federal, polícia rodoviária federal e guarda metropolitana, mas apesar de toda essa responsabilidade, somos a categoria do sistema de segurança pública do Tocantins que recebe o menor salário”, disse o diretor jurídico da Prosispen/TO, Eudes Marques.
Guerreiros anônimos, tem meu respeito e meu apoio!