Em busca de atualizar as informações e formas de diagnóstico das infecções sexualmente transmissíveis (IST), a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) promove nos dias 15 e 16, a Oficina Sobre Manejo Clínico Inicial das ISTs. O evento realizado no auditório do Palácio Araguaia tem a participação de profissionais de saúde que atuam na rede pública estadual e municipal.
Nos dois dias de evento, os profissionais serão capacitação sobre o processo correto da testagem, atualização das formas de aconselhamento e controle dessas doenças que diariamente atingem diversos pacientes em todo o Estado do Tocantins.
Para a diretora das Doenças Transmissíveis e Não Transmissíveis, Gisele Luz Silva Carvalho, “esse evento foi muito sonhado, especialmente pelo fato de estarmos retomando as nossas práticas de capacitações presenciais após a pandemia. E o nosso principal objetivo é retomar esse contato com os médicos e enfermeiros que prestam a assistência direta para qualifica-los sobre o cuidado integral com esses pacientes que vivem com essas doenças, trazendo benefícios que podemos colher em longo prazo e os benefícios que a gente pode colher depois dessa capacitação”.
“É uma satisfação poder participar desse momento em que iremos manter a chama acesa na mente dos profissionais de saúde, pois como sabemos o lapso da falta do treinamento já é percebido no aumento de casos em todo o Estado. Mas estamos retornando e a nossa esperança é que voltemos ao prumo e consigamos principalmente diminuir as mortes por essas doenças”, comentou o médico especialista em medicina tropical, Alexandre Janotti.
“Estávamos sentindo falta de eventos como estes, pois sabemos como essa atualização ajudará nos serviços de saúde que agora estarão preparados para fornecer o atendimento qualificado à população”, comentou a médica especialista em pneumologia sanitária e qualificação em IST, do Serviço de Atenção Especializada (SAE), de Gurupi, Virginia Beatriz Ayer.

Para o reverendo coordenador estadual da Casa A+, Geraldo Magela, “é muito importante trabalharmos discussões como estas, pois acreditamos que eles podem contribuir significativamente para que possamos enfrentar essa situação no nosso Estado de forma mais rápida, pontual e focal”!
Dados
A preocupação da área técnica é reforçada pelos números do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), os quais apontam que em todo o Estado, no ano de 2022 foram registrados 277 casos de sífilis congênita, 95 casos de Aids e 297 de HIV.
No ano de 2023 já há o registro de 305 casos de sífilis congênita, 85 casos de HIV e 19 de Aids.