Inicia-se na próxima segunda-feira, 1º de julho, o período do vazio sanitário da soja no Tocantins, que segue até o dia 30 de setembro. Com isso, os sojicultores estão proibidos de manter o plantio da oleaginosa em lavouras de sequeiro. Segundo a Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec) esta medida é fundamental para prevenir e controlar a ferrugem asiática, a principal praga que ataca a cultura.
No Tocantins, a Adapec é o órgão responsável pelo monitoramento e fiscalização no campo para garantir que não haja plantas vivas durante o vazio sanitário. Segundo o gerente de Sanidade Vegetal da Adapec, Marley Camilo de Oliveira, foram cadastradas junto ao órgão na safra 2018/2019, mais de 1.500 propriedades com a cultura da soja perfazendo total de quase 1 milhão de hectares. “Durante o vazio sanitário vamos fiscalizar essas áreas, orientando os produtores para eliminarem todas as plantas de soja voluntárias ou não, por meio de controle químico ou mecânico”, explicou Marley acrescentando que em caso de presença de plantas vivas de soja no período do vazio sanitário, o processo de eliminação é de responsabilidade do proprietário ou ocupante da área.
A Adapec alerta os sojicultores do Estado, que conforme a legislação, o produtor que for notificado pela Agência, por manter a plantação de soja ou que não eliminar as plantas voluntárias estará sujeito a sanções previstas em lei.
De acordo com o presidente da Adapec, Alberto Mendes da Rocha, o vazio sanitário é fundamental para o controle da ferrugem asiática no Estado e por isso, a Adapec manterá uma fiscalização ativa no campo como forma de garantir que o Tocantins continue sendo um grande produtor e exportador de soja.
Conforme a legislação fica autorizado o cultivo de soja para produção de sementes durante o período proibitivo do vazio sanitário, apenas nas áreas de várzeas tropicais sob sistema de subirrigação, que compreendem os municípios de Lagoa da Confusão, Dueré, Pium, Santa Rita e Formoso do Araguaia.
Ferrugem Asiática da Soja
É a principal praga que acomete a oleaginosa, causada pelo fungo Phakopsora pachyrhizi. Ela dissemina rapidamente entre as plantações através do vento. Os maiores prejuízos causados é a redução da produtividade, já que causa desfolha precoce nas plantas, impedindo que os grãos de soja se formem completamente. O vazio sanitário é uma importante forma de prevenção da doença.