A Justiça Militar soltou o pastor e cabo da Polícia Militar, Nelcivan Costa Feitosa, que estava preso em uma cela do 6º BPM, em Palmas. O militar que é da reserva é famoso pelos polêmicos vídeos feitos criticando o governador do Tocantins, Mauro Carlesse e várias outras autoridades.
Nelcivan estava preso desde o dia 23 de maio. A prisão dele foi solicitada pela Corregedoria da PM devido aos crimes militares que teriam sido praticados pelo cabo.
O juiz determinou que Nelcivan cumpra algumas medidas enquanto responde os processos em liberdade, sob pena de poder voltar à prisão.
– Proibição de ausentar-se desta Comarca por mais de trinta dias, sem autorização judicial, sendo que o requerente deverá permanecer, por todo o tempo, recolhido ao seu domicílio, podendo se deslocar para a Igreja;
– Proibição completa de produção de vídeos, áudios, imagens, textos, ou outros registros públicos, ou particulares que sejam encaminhados para qualquer pessoa que possa os tornar públicos, contendo críticas, ofensas, desrespeito, desacato, ainda que de forma subentendida, irônica, disfarçada, ou sob qualquer subterfúgio, contra qualquer Autoridade Militar ou Política, a qual o Militar deva subordinação hierárquica ou disciplinar por se tratar de Policial Militar reformado, assim como total impossibilidade de realizar ofensas à Instituição da Briosa Polícia Militar, contra a Corporação ou o Comando da mesma, seus atos e administração, ainda que de forma genérica ou em relação à sua pessoa;
– Proibição de ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas ilícitas;
– Proibição de frequentar bares, boates, clubes ou festas onde ocorra o consumo e comércio de bebidas alcoólicas.
Entenda
A Justiça Militar decretou a prisão do pastor a cabo da Polícia Militar Nelcivan Feitosa. O próprio militar confirmou a prisão em uma live em sua página no Facebook no dia 23 de maio. No vídeo, Nelcivan apareceu ao lado da esposa e de um advogado em frente ao Instituto Médico Legal (IML) de Palmas.
“Estamos aqui para obedecer às autoridades. Quando tomei conhecimento do mandado de prisão eu vim me apresentar. Sou pai de família e tenho pessoas que dependem de mim. Somos trabalhadores”, afirmou Nelcivan no vídeo.
Em abril a Polícia Militar do Tocantins pediu a prisão preventiva cabo por ofensas ao Comandante-Geral da corporação, o coronel Jaizon Veras Barbosa.
O pedido de prisão apontou que em 15 de fevereiro deste ano o pastor chamou o comandante-geral de ‘assassino’, teria dito que ele ‘manda matar’ e que ‘no Tocantins existe coronel que estuprou policial feminina’.
Além disso, o documento cita que o cabo teria mencionando o Corpo de Bombeiros insinuando ocorrência de suposto estupro na instituição. Também menciona que Nelcivan estaria criticando insistentemente nas redes sociais os atos do Governo do Estado na figura do governador Mauro Carlesse.